Casa macabra: irmãos mantiveram corpo de pai morto em casa por 6 meses, diz polícia 6a2v6a
Policiais da 37ª DP (Ilha do Governador) prenderam os dois por ocultação do cadáver do pai, nascido na Itália. Há indícios de que o objetivo era continuar recebendo benefícios financeiros da vítima 3t2352
A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou, na manhã desta quarta-feira (21), o corpo de Dario Antonio Raffaele D’Ottavio, de 88 anos, em avançado estado de decomposição dentro de uma residência no bairro Cocotá, na Ilha do Governador, Zona Norte da capital. O idoso, nascido na Itália, estava morto há pelo menos seis meses, segundo apontou perícia preliminar.
O corpo foi localizado no quarto pavimento do imóvel, isolado para afastar o cheiro da vizinhança. A descoberta foi feita após denúncias de moradores, que sentiram a ausência de Dario, descrito como uma pessoa conhecida e simpática.
Filhos são presos em flagrante
Os filhos da vítima, Marcelo Marchese D’Ottavio e Tania Conceição Marchese D’Ottavio, foram presos em flagrante pelos crimes de ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal. Marcelo chegou a agredir um dos agentes durante a abordagem, e Tania também investiu contra os policiais ao tentar defender o irmão.
A suspeita é de que os dois mantinham o corpo do pai escondido para continuar recebendo benefícios e rendimentos. No imóvel, os agentes encontraram bens novos, o que reforçou essa linha de investigação.
Após a prisão, os irmãos aram mal e foram levados ao Hospital Municipal Evandro Freire, onde permanecem sob custódia. O estado de saúde deles é considerado estável.
Investigação apura possível homicídio ou morte natural
O delegado Felipe Santoro, titular da 37ª DP (Ilha do Governador), afirmou que a causa da morte ainda será determinada, mas não se descarta a possibilidade de homicídio, embora a hipótese de morte natural seguida de ocultação também esteja sendo considerada.
“Há pelo menos seis meses esse corpo estava no interior dessa residência, mas a gente não sabe ainda o que motivou os filhos a deixarem o pai desfalecido nesse estado”, disse o delegado.
Casos semelhantes no Rio de Janeiro
Nos últimos anos, o Rio de Janeiro registrou outros casos envolvendo a ocultação de cadáveres com suspeitas de interesse financeiro. Em 2024, por exemplo, uma mulher foi flagrada levando o tio morto a uma agência bancária para tentar sacar um empréstimo. Outro caso envolveu uma mulher que viveu por meses com o corpo da mãe em casa.
A Polícia Civil segue com as investigações para confirmar a causa da morte de Dario e apurar se os filhos cometeram outros crimes além da ocultação.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Extra